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118 | Boletim Informativo Embar

|   Maio 2016

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

Listagem de operadores económicos registados

Foi atualizada, a 19 de abril, a listagem de operadores económicos registados autorizados a proceder ao TRATAMENTO DE MADEIRA E CASCA DE CONÍFERAS E DE MATERIAL DE EMBALAGEM DE MADEIRA para circulação intracomunitária e exportação para
países terceiros (ordem alfabética - ordem numérica).

Para mais informações consulte o site da DGAV

Palestra

Notícias
Eventos

IRG - WP Annual Conference

15 a 19 de maio de 2016

LNEC - Centro de Conferência

Lisboa, Portugal

13th Wood Tecnology Conference

30 a 31 de maio de 2016

Hotel 4 opatijska cvijeta

Opatijska, Croatia

Cantinho do Pinheiro

E que tal dar o exemplo?

Já tive ocasião de observar atitude semelhante, no caso por parte da EDP, em relação a pinhal bravo privado da região centro. O pretexto era de algumas árvores perturbarem, ou melhor, daquele pinhal, à data em bastio, vir a tocar nas linhas elétricas quando crescesse e a “incomodar” aquelas estruturas, o que, confirmo eu, levaria muitos anos. Por isso desatou a abater as pequenas árvores sem dar cavaco a ninguém, nem ao respetivo dono. E os pinheiros estavam, no momento, suficientemente afastados dos postes e das linhas de alta tensão (era desse tipo de linhas que se tratava), para não as afrontar por muito tempo. Foi incompreensível e chocante aquela atitude arbitrária, gratuita e autoritária. Pareceu-me isto quando a conheci e ainda hoje tenho essa convicção.

 Vejo no abate dos plátanos da Bencanta, Coimbra, a que se refere a Quercus como injustificado, algo de análogo. É, porventura, igualmente um ato de prepotência, petulância e arrogância institucional, que não primará pela racionalidade, o da Infraestruturas de Portugal (IP), sem consideração pelo prejuízo que, sobre os benefícios paisagísticos e ambientais, causa o seu ato. E não há justificação que, diz a Quercus, seja dada a conhecer.

Também me parece poder ter eu, neste caso, a mesma convicção que tive relativamente ao pinhal a que me referi, pois conheço os benefícios da presença de árvores entre uma via rápida e uma via pedonal utilizada por gente a pé ou de bicicleta, como é o caso do caminho da Bencanta que conheço, e para que, aceito, poderia ser justificada alguma intervenção cirúrgica.

A IP, que se diz amiga do ambiente, devia dar o exemplo. Será que não precisa?

A vida nos solos, em cartas

A biodiversidade do mundo vivo que se esconde nos solos é uma temática interessantíssima para com ela congeminar um jogo de cartas e, mais ainda, se esse jogo puder servir também de ferramenta de ensino daquela temática no programa escolar de Ciências Naturais. É um utensílio que torna o aprender mais amigável.

O Grupo Porto Editora encarregou dois investigadores da Universidade de Coimbra (a Sara Mendes e o José Paulo Sousa) da tradução, cientificamente melhorada e com a linguagem especialmente ajustada aos alunos do 2º ciclo, da versão original francesa do jogo. A ideia é boa e, com certeza, vai ser um êxito de vendas. É certo e sabido.

Mas, agora, pergunto eu porque não encarregou a Porto Editora aqueles dois cientistas de conceber e preparar um original dum jogo com aquela finalidade? Não conheço o jogo (ainda), nem tenho qualquer mandato para emitir esta opinião, mas tenho a convicção de que a Sara e o José Paulo o fariam com toda a propriedade.

O mesmo poderia dizer doutras temáticas, entregues com idênticos objetivos a outros cientistas da área da biologia e doutras, pois sou daqueles que acho que o conhecimento científico é um excelente conteúdo para divulgar na forma de jogos e outras, graduados para aquelas e todas as idades. Por razões fáceis de identificar.

Então porque não acontece isto e se recorre a traduções de originais estrangeiros? É óbvio. Sai muito mais barato adquirir os direitos e usar as bases ilustradas do que dar trabalho e direitos a ganhar a autores nacionais.

Há dúvidas? A Porto Editora não brinca em serviço!

Outra vez resina no “caneco”

A TSF Rádio Notícias deu conta, na sua edição de 19 de abril passado, do retorno da atividade de resinagem do pinhal bravo aos Baldios terras de Aquilino, cerca de 500 hectares situados na metade norte da Beira Alta, nos concelhos de Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira.

Já foi, por toda a mancha de pinhal, uma atividade muito praticada e uma boa subsidiária da atividade florestal das populações de várias regiões, mas a chegada dos sucedâneos sintéticos, a concorrência de preços da resina oriental e o despovoamento das terras do interior, a consequente intensificação dos fogos e a acometida do eucaliptal, quase a fizeram extinguir-se. Hoje, até nem se sabe bem porquê (ou saberá), parece reaparecer a atividade que já foi importante nos idos anos 60 a 80. Aqui e ali pelo país, vêm reaparecendo os resineiros, o que pode entender-se que sinaliza, pelo menos, uma tentativa de reativar a oferta daquele produto florestal e a respetiva indústria.

Também criará mais uns tantos postos de trabalho no setor, o que não é coisa de somenos e, quem sabe, fará crescer a área de pinheiro-bravo, que bem precisa. E ainda poderá ter outro efeito, que é colocar mais gente no espaço florestal, portanto, mantê-lo mais limpo e melhor gerido, o que se agradece por evitar que arda menos.

"Com o ferro dá-se um corte no pinheiro e coloca-se o caneco para aparar a resina", esclarece Gilberto Ramos, presidente dos Baldios. É isto, com mais umas voltas, digo eu, para conseguir apanhar entre 2 a 4 kg de resina por árvore em 3 meses.

Só há uma coisa que me desgosta; é que, para o resineiro, um caneco raso vale apenas 40 cêntimos. Que fortuna, hein!

Erva daninha | 30 abril 2016 | Episódio 16

Desculpem-me a divulgação, mas não ficaria de bem com a consciência se não vos aconselhasse o programa Linha da Frente (XVIII) com o título Erva daninha. Pode vê-lo na RTP-play, mas desde já aviso que pode causar-lhe bastante inquietação.

Mário Pinheiro