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106 | Boletim Informativo Embar

|   Novembro 2014

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

Embalagens para hortofrutícolas - madeira ou plástico?

Já está concluído o folheto "Embalagens para hortofrutícolas - madeira ou plástico?" que apresenta o resumo dos resultados do estudo desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) - Estudo comparativo "Madeira e plástico utilizados em contacto directo com alimentos".

Neste trabalho pretendeu-se responder a algumas questões levantadas pelos utilizadores de embalagens de madeira, nomeadamente no acondicionamento do produtos horto-frutícolas:

1. As caixas de madeira para produtos horto-frutícolas são mais ou menos higiénicas do que as de plástico?

2. A madeira é mais suscetível à contaminação do ambiente circundante que o plástico? E durante o tranporte, armazenamento e comercialização do produtos horto-frutícolas?

3. É a madeira mais suscetível à contaminação cruzada proveniente de produtos hortofrutícolas contaminados, do que o plástico? Favorecendo a manutenção e o crescimento da contaminação?

4. Será que as embalagens de madeira são mais difíceis de higienizar do que as de plastico?

As respostas encontram-se no folheto resumo que pode ser visto aqui, podendo também ler as dissertações de mestrado no site da Embar.

Notícias
Eventos

FIMAP - FERRÁLIA

19 a 22 de novembro de 2014

Exponor - Feira Internacional do Porto

Porto, Portugal

 

Florestar Portugal

22 de novembro de 2014

EPR Club International Conference

21 de novembro de 2014

Assembleia Nacional Francesa - Sala Victor Hugo

Paris, França

CLIMA 2014 - IV Congresso Nacional sobre ALterações Climáticas

4 e 5 de dezembro de 2014

Universidade de Aveiro

Aveiro, Portugal

IV Encontro Nacional Gestão de Resíduos

11 de dezembro de 2014

Lisboa, Portugal

O cantinho do Pinheiro

O dedo na ferida!

De acordo com texto da Associação Acréscimo publicado no AgroNotícias de 14out14, pese embora os muitos estudos prospetivos do setor florestal feitos desde há muitos anos por tudo quanto é gente, o rumo continua a ser o insucesso (ela diz “o desastre”). E afirma que há coisas básicas que não mudam e deveriam. Diz que é o caso do egoísmo excessivo das relações comerciais e o protecionismo de Estado (digo, nosso) a algumas indústrias.

Refere ainda as dúvidas que o recente estudo prospetivo patrocinado pela AIFF e referido abaixo lhe levanta, a saber: Importar matéria-prima é mais vantajoso que produzir e pagar impostos no País? Terão sido os negócios das indústrias de base florestal (IBF) equacionados para permitir a viabilidade da produção florestal? Como se justifica que, na última década, a indústria papeleira tenha abdicado do abastecimento próprio a partir de cerca de 33 mil hectares de eucaliptal, e agora se lamenta da escassez de rolaria de eucalipto nacional? Para a indústria florestal, o que significa "reestruturação do sector "! Será fazer prevalecer o egoísmo dos mercados e, para tanto, contar com a indulgência dos Governos? Ou ampliar o seu altruísmo?

A isto chama-se “pôr o dedo na ferida”, meus senhores!

A este propósito a Acréscimo afirma ainda que, em sede de Reforma da Fiscalidade Verde, o Governo deveria criar um “taxa” para penalizar o não autoabastecimento das IBF, aquela em substituição (pelo menos redução) do financiamento do Fundo Florestal Permanente pelos consumidores de combustíveis. Para baixar um pouco o preço da gasolina e do gasóleo. Que diabo!

CO2 de longo prazo

O presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), que tem por missão “promover e valorizar a cortiça, os seus produtos e o progresso dos seus associados”, deu recentemente uma entrevista à Lusa em que transmite alguns resultados interessantes do estudo do ISA sobre a fixação de CO2 pelo montado de sobro nacional.

Um artigo do Diário de Aveiro de 02out14, que se baseia nesta matéria daquela agência, revela que um montado instalado em boas condições de solo e clima sequestra 14,7 t/ha/ano de CO2, além de influenciar diversos outros fatores que beneficiam o vigor e a medrança dos montados.

Deste modo, João Rui Ferreira também aposta na relevância da gestão sustentada do sobreiro enquanto forma de promover a sua certificação florestal e a da sua cortiça, assim como potencia “…a preservação da biodiversidade, a conservação dos solos, a regulação hidrológica, a promoção de um património cultural único ao serviço das comunidades e dos turistas, e a defesa de um enorme valor social, que cria condições de trabalho em zonas de baixo investimento”, concluiu.

Com base nas cifras do estudo do ISA, a APCOR também calcula que, apenas os montados de sobro do Mediterrâneo ocidental têm potencialidade para sequestrar cerca de 30 milhões de toneladas de CO2 por ano. É um número interessante.

Porque o sobreiro arde muito menos, é uma espécie de crescimento lento e muito mais longeva quando comparada com o pinheiro e/ou o eucalipto, a APCOR continuará a apostar em fazer crescer aquelas realidades, nomeadamente adensando os montados. E a povoamentos mais densos corresponde mais elevado grau de sequestro, também afirma o seu presidente a partir dos resultados do estudo.

É a aposta certa! Veremos o que se consegue.

Ainda 4 notícias!

1. Qual o cenário de Desenvolvimento Florestal em 2071 e de que Política de Desenvolvimento Florestal necessita a Economia Portuguesa do Futuro, são duas questões respondidas no Estudo Prospetivo para o Sector Florestal apresentado no III Congresso Anual da Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal.

2. No Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, o FEDER e o Programa Operacional do Norte estão a financiar um projeto que visa desenvolver um sensor capaz de detetar as primeiras chamas de um incêndio em ambiente florestal.

3. Estudo da APL conclui que construir o terminal de contentores no Barreiro, porque com muito menos acessos terrestres novos, será bem mais barato (menos 74 milhões de euros) que na Trafaria. E, concluo eu, com muito menor impacte ambiental.

4. A reciclagem das baterias convencionais com sementes e resina de pinheiro pode ser mais barata, segura e com desempenho idêntico ao das baterias de iões de lítio.

Mário Pinheiro