Ainda se duvida?! O arvoredo ajuda a respirar e poupa vidas humanas!
Um artigo do Science Daily de julho passado vem revelar e, é mesmo à americana, quantificar os benefícios da presença de árvores, particularmente, nos espaços urbanos de toda a Federação.
O estudo, que considera 4 poluentes para que foram estabelecidos padrões de qualidade do ar – o dióxido de azoto, o ozono (relacionado com 4,7 mil mortes em 2005), o dióxido de enxofre e partículas com menos de 2,5 micra de diâmetro (relacionadas com 130,0 mil no mesmo período) -, serão os agentes atribuídos à poluição do ar que mais afetam os sistemas pulmonares, cardíacos, vasculares e neurológicos. E ainda que, como regra, quanto maior for o coberto arbóreo (varia dos 2,6% da superfície de Dakota do Norte aos 88,9% em New Hampshire), maior é a remoção da poluição; e, neste caso, se maior a densidade populacional, superiores os benefícios para a sua saúde.
E quanto valerá em saúde humana tal redução na poluição do ar? Perto de 7 biliões de dólares anualmente. É dinheiro!
Uma floresta bem paga é uma floresta que arde menos!
De acordo com um artigo da Alexandra Leitão no Público OPINIÃO online de 18 de agosto, estes são números da CE relativos à primeira década do século: a área que ardeu em Portugal ultrapassa um terço da ardida nos 5 países mais afetados pelo flagelo do sul da Europa, os da bacia mediterrânica decerto. E isto já seria uma triste situação não fora nós apenas contarmos com 6% para a área florestal daquele grupo.
Porém, pese embora “… os benefícios ambientais da floresta e a importância da fileira florestal na economia nacional: representa 10% das exportações e 1,55% do PIB (2011); emprega 1,4% da população ativa nacional; é o terceiro setor mais relevante das exportações nacionais, com um valor acrescentado nacional por unidade exportada de 71,4%, superior à média nacional (59,3%); tem o valor acrescentado bruto por hectare de floresta mais elevado da UE27 (EUR 370/h); apresenta saldo comercial de 2,4 mil milhões de euros em 2013”, portanto a sua função estruturante do país, também a sua, geralmente, grande fragmentação espacial e fraca rendibilidade, e das limitações (e bem) à livre utilização dos seus espaços florestais em zonas com estatuto protetivo especial, que constitui um financiamento privado dos seus serviços ambientais aos restantes concidadãos, apenas têm, como toda a gente, retorno por via dos 0,005€/l de gasolina e 0,0025€/l de gasóleo do imposto sobre produtos petrolíferos que o Fundo Florestal Permanente arrecada desde 2004 para benefício da fileira.
Deste modo, há muito que também eu concordo com a Alexandra ao entender que falta ressarcir os proprietários florestais dos serviços ambientais que prestam enquanto detentores do recurso e seus valorizadores, e que o mercado não reflete. E a rendibilidade destes agentes da economia é fundamental para que eles existam e mantenham uma floresta sã e escorreitamente gerida. Enfim, para que arda menos, muito menos.
Licenciados para auxílio forense pode ser Sol de pouca dura
Já para o ano letivo 2014/15 foi acreditado e vai iniciar-se na Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário o ensino de Ciências Laboratoriais Forenses.
De acordo com o coordenador da licenciatura, Ricardo Dinis-Oliveira, muitas das perícias hoje baseadas em conhecimento empírico e não científico poderão deixar de sê-lo dentro de 3 anos, após a disponibilidade destes licenciados no mercado de trabalho.
Para lecionar unidades curriculares tão diversas como Balística, Fogos e Explosivos, Gestão e Colheita de Amostras e Vestígios Forenses e Lofoscopia, Toxicologia Forense, Genética Forense, Autópsia Médico-legal, Geologia e Pedologia Forenses e Álcool e Drogas de Abuso, irá contar-se com peritos de várias origens, portugueses e estrangeiros, também se afirma na Ciência hoje do passado mês de julho.
Com estes profissionais poderão também contar os Serviços secretos, Forças de segurança, Tribunais de justiça, Empresas de segurança privada e Fiscalização alimentar e ambiental, mas é preciso ter em conta o que me parece ser um aspeto crucial, a saber: Somos um mercado pequeno e algo limitado, e não se pode desatar a formar mais gente para o desemprego. Vide exemplos de há poucos anos no ensino superior, de cursos com curricula muito “afunilados” e específicos em áreas igualmente com mercado limitado que acabaram por fechar.
Por isso, atenção aos numerus clausus que será preciso fixar para, a dada altura, se não passar a vender esperanças vãs aos nossos jovens.
Mário Pinheiro