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101 | Boletim Informativo Embar

|   Abril 2014

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

PERSU 2020

Versão de trabalho

No âmbito dos trabalhos de elaboração do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020), disponibiliza-se a versão de trabalho prévia às fases de Consulta Pública e de Avaliação Ambiental Estratégica do referido plano.

Madeira, Casca isolada e Estilha de Coníferas, e Material de Embalagem de Madeira

Listagem de empresas registadas

Foi atualizada a 7 de março a listagem de operadores económicos registados e autorizados a proceder ao tratamento de madeira e casca de coníferas e de material de embalagem para circulação intracomunitária e exportação para países terceiros.

A listagem pode ser consultadas aqui.

Notícias
Abril 2014

Negócios do lixo - uma privatização que se transformou numa guerra - Público

Novo modelo de licenças de gestão de resíduos de embalagens impõe limites aos excedentes financeiros - Ambiente Online

Vamos ao mercado - SPV

Volume de negócios da EGF aumenta dez por cento em 2013 - Ambiente Online

Investimento de 1534 milhões aumenta em 50% negócio nos portos - Dinheiro Vivo

Entidades gestoras de resíduos de embalagens poderão instalar rede de recolha própria - Ambiente Online

Contestar privatização do lixo é um autêntico tiro no pé diz ministro - Público

Maioria dos presentes no 8º Fórum Nacional de Resíduos concorda com a proposta avançada ontem pela Agência Portuguesa do Ambiente - Ambiente Online

APA quer aplicar desclassificação a nível nacional mas o regulamento europeu deverá prevalecer - Ambiente Online

Governo retirou apoio a plantação de novos eucaliptos - Noticias ao minuto

FCBA - Info - FCBA

Diretor da Embar esteve presente no Programa Negócios da Semana  - SIC Noticias

Portugal tem que devolver 12.56 milhões a Bruxelas de ajudas para agricultores - Dinheiro Vivo

Presidente da ERSAR comenta novo Regulamento Tarifário no sector dos resíduos - Ambiente Online

A EGSRA vai participar na mesa redonda sobre O NOVO SIGRE, no primeiro dia do Fórum Nacional de Resíduos - Egsra

Governo aprova caderno de encargos da privatização da EGF- Ambiente Online

Valorsul, Amarsul, Valornor, Resulima e Algar tomaram posições públicas contra os contornos actuais da privatização - Ambiente Online

Março 2014

Floresta - A cada semana desaparece o equivalente a 25 campos de futebol - Região de Leiria

Resíduos industriais e certificação florestal - Agroportal

Só nos faltava meter mais fundos em eucaliptos - Jornal Noticias

Finlândia - casa sustentável alberga três gerações - Greensavers

Dia Mundial da Floresta: Plantações florestais industriais não são florestas - Quercus

Cavaco assinala importância da floresta para a criação de riqueza - Agroportal

Na Lourinhã, 69 por cento dos lares separa os seus resíduos de embalagem - Alvorada

UTAD Árvore com raízes de Auschwitz plantada no Minho - Noticias ao minuto

CAULE planta 75 mil árvores em área ardida em 2005 - Agroportal

Dia Mundial da Floresta: Plantações florestais industriais não são florestas - Quercus

Governo Plantar árvores vale benefícios fiscais em sede de IRS - Noticias ao minuto

Odebrecht e Solvi vão juntas à privatização da EGF - APEA

Novo método europeu para aferir impacte ambiental dos resíduos precisa de mais dados - Industria Ambiente

Quercus contesta uso de fundos comunitários para apoiar eucaliptos - Agroportal

Recicladores podem saír da Sociedade Ponto Verde em clima de conflito - Público

Adesão à greve na central da Valorsul ronda os 80por cento -Sindicato - Expresso

 

Eventos

Formação em Inventário Florestal

21 a 30 de abril de 2014

Centro de Operações e Técnicas Florestais

Lousã, Portugal

 

 

Forest and Wood 2014

25 a 27 de abril de 2014

Kipsala International Exhibition Centre

Riga, Letónia

 

Legislação

Lei n.º 19/2014
Assembleia da República
Define as bases da política de ambiente.

Decreto-Lei n.º 55/2014
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Cria o Fundo para a Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético.

Decreto-Lei n.º 54/2014
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Aprova a orgânica da Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Decreto-Lei n.º 47/2014
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, que estabelece o regime jurídico de avaliação de impacte ambiental (AIA) dos projetos públicos e privados suscetíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente, transpondo a Diretiva n.º 2011/92/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011, relativa à avaliação dos efeitos de determinados projetos públicos e privados no ambiente.

Decreto-Lei n.º 45/2014
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Aprova o processo de reprivatização da Empresa Geral do Fomento, S.A.

Decreto Regulamentar n.º 2/2014
Ministério da Agricultura e do Mar
Aprova a orgânica do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral do Ministério da Agricultura e do Mar.

O cantinho do Pinheiro

Eucaliptal q.b.

Quem vai lendo as minhas crónicas neste “cantinho” deve achar que eu persigo fanaticamente os eucaliptos, tantas são as vezes que aos eucaliptais me refiro aqui. Mas, acreditem, não sou.

O que acontece é que o que vai sucedendo em Portugal acerca da nossa floresta e à sua eucaliptização não deixa nenhuma margem de sossego à minha modesta formação ecológica, florestal, cultural ou social para que me cale. Todos os meses alguma coisa acontece (ou está para acontecer) neste país de verdadeiramente preocupante no que respeita a como encarar o espaço florestal. Por isso, desculpem-me lá mais esta, mas tenho que voltar à questão.

O que se passa desta vez é que, a Quercus e outras organizações de algum modo preocupadas com a natureza, com o ambiente e/ou com o desenvolvimento, estão a alertar-nos para o facto da versão de 10 de março do próximo Plano de Desenvolvimento Rural (PDR 2014-2020) contemplar o financiamento das plantações industriais de eucaliptos (na realidade não são florestas) até 40% e a fundo perdido.
Ora, tanto quanto aquelas, também eu acho inadmissível que isto venha a acontecer. Pelas razões várias que todos conhecemos relativas às características da espécie, quer pelo seu grau de ocupação na floresta nacional (já superior a 820 mil hectares) e ainda pelo que indicia o que referi na crónica anterior – apenas entre 17/11/2013 e 31/12/2013, foi de 91,6% a área relativa a pedidos para arborização e rearborização com eucaliptos ao abrigo do DL 96/2013.

Tenho a certeza de que, em primeiro lugar, é da responsabilidade do Governo defender a floresta nacional; só depois os interesses da indústria papeleira. Estarei errado? Em segundo lugar, será que, com tanto eucaliptal, ainda não produzimos matéria-prima suficiente para a capacidade instalada de pasta e papel? E se não, não seria melhor (e mais barato) investir em práticas culturais e em gestão tecnicamente mais corretas? É que não é nada inteligente “virmos a ficar atascados” em toiças de Eucalyptus globulus se, algum dia, esta indústria decidir deslocalizar-se para onde seja ainda mais rentável. Vejam lá isso!

A ver a floresta de forma integrada

Corria a estação quente de 2005 e o fogo destruía a floresta do distrito de Coimbra. Sem dó nem piedade. O distrito bateu o record daquele ano - arderam-lhe cerca de 47,6 mil hectares, com fogo posto na sua maioria. Os seus concelhos de Oliveira do Hospital e Arganil foram dos mais flagelados.

Desde 2013 a CAULE - Associação Florestal da Beira Serra, diga-se que como outras associações pelo país, tem vindo a promover a plantação de milhares de árvores nalgumas das suas áreas mais desafortunadas. A Folha do Centro dá a notícia revelando vários aspetos interessantes, não da execução da atividade, o que seria uma notícia comum, mas dos objetivos conceptualmente mais interessantes, prospetivos e relevantes da CAULE.

Já os vou referir, mas quero dizer primeiro que esta atuação está a ter lugar nas freguesias de Avô (Oliveira do Hospital), Moura da Serra e Pomares (Arganil), num quadro de ação da ZIF de Moura/Alva, e que para ela concorre o cofinanciamento do PRODER ao projeto “Manutenção e Recuperação de Paisagens Notáveis”.

Aqui vão eles (os aspetos relevantes):

- Recuperar o valor ambiental da área, muito degradado após o incêndio de 2005 e valorizar a paisagem da região, pela reposição de algumas espécies autóctones como o medronheiro, o carvalho e o castanheiro; deste modo atenua-se o risco de incêndios futuros. Para este efeito estão também a realizar-se, em benefício das espécies arbóreas e arbustivas existentes, tratamentos culturais como desbastes e controlo da vegetação espontânea.

- A utilização daquelas espécies vegetais é feita com a intensão de compartimentar o espaço florestal e ajudar a fazer a escolha da(s) espécie(s) a plantar em dada fração de terreno, assim controlando a carga de combustível e, portanto, o risco de incêndio.

- Aquela recuperação dos espaços de floresta e o crescimento das suas árvores vão, também, levar à recuperação da paisagem e à redução do seu abandono, razão primeira para voltarem e voltarem, e voltarem a arder.

Aqui estão três ideias base com que concordo em pleno.

Obrigado caro Presidente da CAULE por esta sua visão para gerir o espaço florestal.

“Senti vida naquele momento” - afirma Ismael Silva ao Jornal de Notícias referindo-se ao que sentiu quando, durante uma visita ao campo de concentração de Auschwitz, lhe caíram na cabeça algumas bolotas do carvalho à sombra do qual se abrigara. Apanhou e guardou algumas.

Anos depois, ofereceu-as à UTAD, a sua antiga escola, e novos carvalhos nasceram das bolotas polacas. Como ele também afirmou àquele jornal, para se fazerem símbolos de tolerância.

“Saíram de um sítio que é o inferno na terra e vieram para um lugar de aprendizagem, de multiplicidade étnica e cultural” -, afirmou, ainda, o Ismael.

Mário Pinheiro