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100 | Boletim Informativo Embar

|   Março 2014

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

E já chegámos aos 100

Pois é verdade, já estamos no centésimo número do Boletim Informativo da Embar. Consideramos que é um marco importante, quanto mais não seja pela beleza dos seus algarismos...!

Estamos e vamos continuar o trabalho que temos vindo a fazer e aproveitamos desde já para agradecer os comentários e pareceres positivos. Assim, e como queremos continuar a fazer mais e melhor, pedimos que nos enviem as vossas opiniões e comentários, que muito apreciamos e prometemos iremos considerar.

Não estamos assim probidos de "ultrapassar dos 100" como sugere a imagem, vamos continuar!

Nemátode - Plano de Ação

Plano de Ação nacional para controlo do Nemátodo da Madeira do Pinheiro para o período 2013-2017

"Este plano de ação, integrado nos objetivos e linhas de atuação previstas no Programa Operacional de Sanidade Florestal (POSF), segue as medidas de emergência definidas, pela União Europeia, para controlo do NMP, tendo em atenção a nova realidade de dispersão do NMP e considerando a totalidade do território continental como Zona de Restrição. Tem ainda em linha de conta, na definição de medidas fitossanitárias adequadas ao controlo deste agente biótico nocivo, os últimos desenvolvimentos em matéria de conhecimento científico.

São estabelecidos os procedimentos de prospeção e monitorização, eliminação de árvores com declínio e erradicação do NMP onde possível, controlo da circulação de material lenhoso e material de embalagem de coníferas hospedeiras de NMP, particularmente no que respeita à sua circulação para o exterior da Zona de Restrição e para a Zona Tampão e inspeção de unidades industriais que processam e tratam madeira e material de embalagem."

Resíduos - Relatório

Implementação do princípio do poluidor-pagador no setor dos resíduos

A ERSAR publicou (2013-11-01) em versão digital o Relatório técnico n.º 1/2013 - Implementação do princípio do poluidor-pagador no setor dos resíduos.

"No presente estudo procura-se perspetivar linhas de evolução futura na aplicação de sistemas tarifários do tipo pay-as-you-throw (PAYT) ao serviço de gestão de resíduos urbanos prestado aos utilizadores, tendo em conta a caraterização da situação atual em Portugal e com base na análise da experiência internacional neste domínio."

 

Opinião

Arborização e rearborização, Decreto-lei n.º 96/2013, de 19 de julho  - Primeiros indicadores

A 1ª nota informativa do ICNF relativa à entrada em vigor daquele Decreto-lei entre 17 de outubro e 31 de dezembro de 2013, dá conta dum primeiro ponto de situação. Eu faço o seguinte apanhado:

           

Arborização & rearborização

   

Arborização (ha)

 

Rearborização (ha)

 

tot.(ha)

(%)

Autoriz.(%)

Comunic.(%)

Total

 

446,19

100,0%

 

2179,52

100,0%

 

2625,71

100,0%

91,6%

8,4%

Eucaliptos

 

322,89

72,4%

 

2081,39

95,5%

 

2404,28

91,6%

95,3%

4,7%

P. bravo

 

4,25

1,0%

 

14,14

0,6%

 

18,39

0,7%

87,4%

12,6%

P. manso

 

99,1

22,2%

 

3,48

0,2%

 

102,58

3,9%

11,1%

88,9%

Rests. esps.

 

19,95

4,5%

 

80,51

3,7%

 

100,46

3,8%

91,6%

8,4%

Quem esperava que este país fosse agora ser “invadido” por carvalhos, castanheiros, ciprestes e medronheiros, freixos, choupos e salgueiros, e que começasse a refazer-se o pinhal, aí estão os primeiros resultados. 91,6% de eucalipto, 4,6 de pinhal e 3,8 das restantes espécies. Que tal a eloquência dos números!

Não queria “pôr mais na carta”, mas não consigo deixar de dizer que é impossível acreditar que se enganou quem achava que o novo regime jurídico ia ser bom para a nossa floresta. Para a de alguns, vai com certeza, mas para a do país!...

Mário Pinheiro

Notícias

Hipers entram no negócio da reciclagem de embalagens - Diário Económico

Ministro atribui problemas de recolha de lixo na greve da Valorsul a opção ideológica dos municípios - Público

Municípios apostam em múltiplas providências cautelares para travar privatização da Valorsul - Público

Árvores milenares ligam ascensão do império mongol a clima do século XIII -  Público

Novas regras para a factura do lixo retiram poder às autarquias - Público

Queima e abate de árvores ameaçam floresta em Angola - Agroportal

SPV vai distinguir obras que promovam o desenvolvimento sustentável e economia verde - Greensavers

Valores Ponto Verde 2014 - Info Ancipa

Relatório n.º 2 - EPPO (inglês) - EPPO

Números e consequências - Acréscimo

Biocombustíveis produzidos a partir de resíduos têm potencial por explorar em Portugal - Greensavers

Governo - tudo o que é preciso fazer em planeamento da floresta está feito - Diário Digital

Curso de Formação em Inventário Florestal - Centro Pinus

Análise da Problemática dos Incêndios Florestais - AIMMP

Lista de Operadores Económicos Registados - Ordem alfabética- DGAV

Lista de Operadores Económicos Registados - Ordem númerica - DGAV

As áreas mais sensíveis às mudanças climáticas são as florestas mediterrânicas - Jornal i

Lixo poderá representar 16 porcento da energia da União Europeia até 2030 - Greensavers

Março, Portugal e a Floresta - Acréscimo

Boletim Wood Based Panels (inglês) - Wood Based Panels International

Frutitec e ExpoJardim atraíram 26 mil visitantes à ExpoSalão - Agroportal

 

O cantinho do Pinheiro

Este é o centésimo!

Não sou nada dado a esoterismos ou misticismos, mas enchi-me de curiosidade e fui à internet ver. E, tanto quanto consegui encontrar de coisas destas (evidentemente, na web não há falta desta temática), 100 não é um número cabalístico. Não é, portanto, um número que esteja relacionado com “a cabala judaica ou com a magia“, conforme reza de seu significado o dicionário online de português.

Depois, um tanto desanimado, tentei procurar se haveria relevo algum ligado ao número 100 e, era inevitável, havia. Muitas e variadas, de “cada cor seu paladar”. O 100 é um número que usamos por tudo e por nada, que está na nossa cabeça a todas as horas do dia. Todos sabemos.

Porém, mesmo assim, faltava lá um. E qual era ele? Ora aqui vai!

A Newsletter da EMBAR, que costuma aparecer aos seus leitores em Março, aqui está pela centésima vez e, assim sendo, faltava na net esta relevância.

Mas, agora, já não falta!

Parabéns à EMBAR e, sobretudo, parabéns à Filipa que mantém viva a “sua” NL.

“Ficaram mal no retrato”!

Com dados de satélite, crowdsourcing e open data, o portal Global Forest Maps, utilizando o Google Maps, reúne informações sobre o coberto vegetal e facilita a visualização, quase em tempo real, das áreas do coberto florestal que sofreu alteração.

O mapa, que é interativo e atualizado mensalmente, permite monitorizar o coberto de floresta entre 2000 e 2013 em toda a Terra, estimar o grau de reflorestação ou desflorestação em dada área, o download de dados para outros usos ecológicos ou científicos e, de futuro, permitirá a inserção doutra informação e a criação doutros mapas. É uma ferramenta de gestão florestal bem importante.

O litoral NW português e o N espanhol não vão gostar nada de se lá ver retratados!

Vão ver aqui. E … emendem-se!

É triplo do Canal do Panamá, que tem 81 km

Um consórcio chinês vai pagar à Nicarágua 30 biliões de euros (R$87 biliões em moeda chinesa, o Rénmínbì) pela construção dum canal que ligará as duas costas oceânicas; depois dois portos de águas profundas, um oleoduto, uma linha férrea e um aeroporto.

Segundo o Governo nicaraguano, referem o Ecologist e a Care2 petition site por exemplo, o canal transformará radicalmente o país; um país em que cerca de 45% da população vive com um rendimento diário inferior a 1,5 euros. Isso não nos admira que diga, mas que aceite que o canal vá pertencer à empresa de Hong-Kong que o vai construir, a HKDN, durante os próximos 100 anos, e que é duvidoso que vá ter ligação à economia local (será, porventura, um enclave como o do Panamá), é que já nos deixa muita apreensão sobre a nobreza da decisão.

Além dos económicos, os riscos ambientais são reais. As avaliações dos impactes ambientais, iniciadas apenas depois de consumado o negócio, começaram já a demonstrar que, com os cerca de 300 km que terão que ser escavados e o atravessar do Lago Nicarágua, vão ser afetadas centenas de milhares de hectares e destruídas extensões consideráveis de floresta e pântanos tropicais, várias pequenas aldeias rurais, violadas e deslocadas comunidades humanas locais e uma incomensurável quantidade de vida vegetal e animal selvagem. E vai gerar poluição, introdução de espécies invasoras e afetação ou extinção de outras autóctones, piscícolas nomeadamente. Enfim, vai impactar fortemente a região.

E, pelo menos espanta, bem sei que é na Nicarágua, mas é um canal com mais de 240 km que não passa longe do Canal do Panamá! Que será uma solução de vida para alguns, estou certo, mas que seja mesmo a solução para aquela gente, deixem-me duvidar.

Vide o que aconteceu no canal do lado!

Mário Pinheiro