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99 | Boletim Informativo Embar

|   Fevereiro 2014

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

Notícias

Fevereiro

Procura de terra por jovens esgota oferta - Agroportal

Fomento, financiamento público e mercados florestais - Agroportal

Indicadores da aplicação do DL 96-2013 - Acrescimo

Tratamento térmico para madeira e embalagem de madeira - DGAV

Secretário de Estado das Florestas leva à Noruega experiência portuguesa na prevenção a incêndios - JornalI

Assunção Cristas promove agricultura portuguesa na Alemanha - Expresso

Abandono da agricultura em 2013 foi o maior de sempre - TSF

Reciclagem de resíduos pode criar 400 mil empregos na UE - Expresso

Comunicado de Imprensa - Reciclagem de resíduos urbanos de embalagem cresce sete porcento em 2013 - SPV

Janeiro

El nuevo foco de nematodo del pino restringirá el comercio de madera los próximos cuatro años -  Agromeat

El Nematodo de la Madera del Pino: Bursaphelenchus xylophilus - Junta de Castilla y Leon

Boletim Oficial da Junta de Castilla y Leon - nematodo - Junta de Castilla y Leon

La Junta de Castilla y León toma medidas al detectarse nematodo en un monte de Salamanca - Junta de Castilla y Leon

Governo aprova privatização da Empresa Geral do Fomento - TSF

Sonae MC contrata a Chep e a Ifco para logística - OJE

Carro de madeira leva a indústria de volta ao futuro - Exame

Eurodeputada Marisa Matias exorta Governo a apostar na floresta - Agroportal

França testa o comboio de mercadorias mais longo da Europa - Logística Moderna

Reforma dos impostos ambientais poderá ter reflexos já em 2015 - Público

Paletes de madeira são transformadas em cozinha rústica - Greensavers

Ambiente melhora em Portugal - Ambiente

Porto luta contra a praga do escaravelho nas palmeiras - Agroportal

Para onde vais o nosso lixo - Sol

Licenciamento online - SILiAmb - APA

Inglaterra - governo lança fundo de €7,2 milhões para plantar quatro milhões de árvores - Greensavers

Pequenos proprietários florestais com mais apoio no próximo quadro comunitário - Agroportal

Árvores mais velhas crescem a um ritmo maior - Greensavers

Proença-a-nova – Sessão de esclarecimento sobre o nemátodo - Rádio Condestável

Cientistas criam planta geneticamente manipulada para substituir candeeiro - Greensavers

Florestas dão trabalho a 100mil pessoas - Expresso

Falta de limpeza de terrenos florestais vai dar multa na hora -  RTP1

Subscritores da Plataforma pela Floresta exigem a revogação do Decreto-Lei - Agroportal

Governo aprova novo projecto para tratamento de resíduos perigosos - Greensavers

Reserva natural portuguesa em destaque no New York Times - Boas Noticias

Registo Oficial de Operadores Económicos - Espanha

Em dezembro de 2013 o Organismo Nacional de Protec?a?o das Plantas (ONPP) espanhol lançou um nova aplicação informática, na internet, para gerir o registo de operadores económicos registados (ROEMBA).

Esta aplicação permite fazer a pesquisa de operadores registados para a realização do tratamento de acordo com a norma internacional da FAO - ISPM15: Regulation of wood packaging material in international trade

O novo sistema também irá agilizar procedimentos, nomeadamente no quei diz respeito ao registo e gestão das instalações das empresas, e.g. câmaras e sondas.

O acesso ao site é realizado através da secção de sanidade vegetal no Ministério da Agricultura e Ambiente espanhol - Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente (MAGRAMA).

WWW - Informação bioclimatológica

"Nesta página apresenta-se um conjunto de mapas bioclimatológicos relativos ao período 1960-1990. Clicando sobre cada mapa abrirá o respetivo ficheiro JPG de maior resolução.

Poderá descarregar toda a informação (mapas, quer no formato JPG, quer no formato GRID ESRI e respetivas legendas no formato MXD ESRI)."

Exemplo - Mapa da temperatura média do mês mais quente do ano

Legislação

Decreto-Lei n.º 27/2014

Ministério da Agricultura e do Mar

Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 127/2005, de 5 de agosto, que estabelece o regime de criação das zonas de intervenção florestal, bem como os princípios reguladores da sua constituição, funcionamento e extinção, e à segunda alteração do Decreto-Lei n.º 16/2009, de 14 de janeiro, que aprova o regime jurídico dos planos de ordenamento, de gestão e de intervenção de âmbito florestal

Portaria n.º 32/2014

Ministério da Agricultura e do Mar

Estabelece os procedimentos aplicáveis à submissão, no pedido único (PU), dos apoios a projetos de florestação de terras agrícolas (FTA), aprovados no âmbito do RURIS, bem como no âmbito das medidas florestais na agricultura instituídas pelo Regulamento (CEE) n.º 2080/92, do Conselho, de 30 de junho, e das medidas florestais nas explorações agrícolas do Regulamento (CEE) n.º 2328/91, do Conselho, de 15 de julho, aprovados no continente, e uniformiza os respetivos critérios materiais de elegibilidade com vista à sua decisão e pagamento.

Decreto-Lei n.º 21/2014

Ministério da Agricultura e do Mar

Estabelece as formas e o procedimento de cedência dos prédios do domínio privado do Estado e do património próprio dos institutos públicos através da bolsa nacional de terras para utilização agrícola, florestal ou silvopastoril, criada pela Lei n.º 62/2012, de 10 de dezembro

O cantinho do Pinheiro

O novel Regime Jurídico de Ações de Arborização e Rearborização não serve a floresta portuguesa

Vai ser a quarta vez que falo deste assunto aqui, mas tem que ser.

Desta vez para ajudar a dar voz à Plataforma pela Floresta (PF) (aqui), integrada por 20 organizações diversas, unidas pela defesa da floresta e por 15 subscritores. Todos entendem que o DL nº 96/2013, de 19 de julho, é um estímulo à perenidade do descontrolo, desordem e ausência de ornamento da floresta nacional; por isso exigem que a AR, o MAM, o MAOTE e o MAI tenham as iniciativas necessárias a garantir a sua revogação. Pela salvaguarda da sustentabilidade da floresta portuguesa.

É a opinião dum profissional florestal que muito estimo e respeito (DN-Opinião de 03fev14) (aqui), por isso o refiro, que aquele diploma não visa acautelar os problemas que a PF diz que devia acautelar - o investimento florestal racional capaz de garantir a variabilidade biológica e das alterações climáticas e a viabilidade económica de curto e médio prazo, o abandono, o desordenamento territorial e a difusão das espécies invasoras, o número e a violência dos incêndios, o seu custo social, ambiental e económico, a progressiva eucaliptização sem planeamento e sem avaliação dos impactes dessa “mutação” florestal -, eu entendo que o DL não o faz realmente, mas devia. E essa omissão (também concordo com a PF que é uma omissão grave), se não estimula, facilita aquele estado de coisas.

Ora, isto coloca em causa a viabilidade, a prazo, de grande parte do território nacional, preterindo qualquer aposta nas espécies autóctones e, portanto, tornando pré-definitiva a reconfiguração florestal de grande parte do país florestal. E quando se omite, permite-se.

Aquele silvicultor diz, ainda, não ter dúvida de que a intensificação da florestação com eucalipto será um dano marginal face à desburocratização e harmonização dos processos pró arborização a que aquele DL põe ordem. Estou de acordo. Que foi a expansão da espécie na pequena propriedade que contribuiu para atual eucaliptização, também estou. Por isso não aceito que o DL não tenha aproveitado para resolver o problema. Mas também reparei, como ele, que não aparece nenhuma organização de produtores florestais a subscrever a PF, mas que são pontos de vista!?

Ora, Senhores deputados da República, particularmente Senhores deputados que aprovaram este DL - não vale tudo para proteger a indústria papeleira nacional. O País e o seu património florestal são bem mais importantes!

Metam a mão na consciência e vejam se está sossegada! Está?

A Faia Brava em destaque no New York Times

Situada no vale do Coa, a Reserva da Faia Brava foi criada em 2000 para dar abrigo ao Abutre do Egito (o britango) e à Águia de Bonelli, num coberto de giesta-branca, sobreiros e azinheiras, piorno, zambujeiro, cornalheira e tamujo. A orla rochosa e arenosa do rio, as escarpas, matos e terrenos de cultivo servem também de acolhimento e proteção a 150 espécies de vertebrados e outros animais, e vegetais.

Desde 2010 foi classificada como a 1ª Área Protegida privada portuguesa - a APP da Faia Brava - e a sua gestão assegurada pela Associação Transumância e Natureza, que realiza em 800 hectares uma gestão integrada e sustentável, assente no desfruto ambiental e paisagístico diário, na produção de azeite, cortiça e queijo de ovelha, na preservação da flora e do património rural construído, e no apoio a atividades educacionais e científicas. Tudo isto vai para 15 anos.

Além dos biólogos fundadores da Associação - António Monteiro e Ana Berliner -, outros 7 técnicos trabalham para a Faia Brava, cuja atividade é por demais importante na dinamização das freguesias de Algodres e Vale de Afonsinho (Figueira de Castelo Rodrigo) e de Cidadelhe (Pinhel), localidades duma região desertificada e de escassos recursos que tanto precisa de movimento. Não conheço, mas acho ser de visitar.

Um jornalista do NYT visitou a região, gostou e publicou um artigo sobre o Parque.

Muito obrigado Mister Stanley Reed.

A duplicação do genoma e as plantas com flor

Há um artigo de Nicolau Ferreira no CIÊNCIA de 3 de janeiro de 2014 (aqui) que é de ler.

Aborda a evolução das plantas, que começaram por não ter flor (os Fetos), passaram pelas Gimnospérmicas (plantas vasculares com frutos sem polpa - do grego gimnos(nu) + sperma(semente)), e chegaram às Angiospérmicas (plantas espermatófitas com sementes protegidas por um fruto – do grego angeos(bolsa) + sperma(semente)) - plantas com flores e sistema reprodutor (que envelhecem e caiem dando frutos).

Parece que tudo se deve a um fenómeno genético designado por “duplicação do genoma” e ocorrido há 160 milhões de anos. E há uma planta com flor que teve esse fenómeno de duplicação ainda “um pouquinho antes”. Há 200 milhões de anos!

Aquela duplicação do genoma pode, também, oferecer uma explicação sobre o “abominável mistério” de Darwin que é a proliferação aparentemente repentina de novas plantas com flor nos fósseis do Cretácico. Logo, logo, … antes dos dinossauros!

Quem diria!

Mário Pinheiro